Iscas e Discas para Pescar Jundiá Grande

Um habitante da parte funda dos rios de água doce distribuídos pela América do Sul, cuja captura pode dar um trabalho considerável ao pescador, a depender do tamanho. E como se não bastasse essa característica como convite a pesca dessa espécie, a mesma é dona de uma carne com sabor e consistência marcante.

Conheça o jundiá, um peixe que todo pescador deve ter no currículo. Aprenda todos os truques e “macetes” para a captura dessa espécie.

Peixe Jundiá
Peixei Jundiá

Sumário

Conheça o Jundiá

É natural da America do Sul, e é encontrado principalmente na Bacia Amazônica, sub – bacia do Teles Pires/Jurema.

O jundiá prefere águas mais mornas, porém, é um peixe muito rústico com alta adaptabilidade a variações de temperatura no ambiente, principalmente quando jovem. Além da alta adaptabilidade relativa ao clima, também aceita um cardápio variado e tem resistência a águas pouco salobras.

Também é uma espécie que não encontra dificuldades na indução da reprodução em cativeiro.

Tudo isso, são características que apoiam a criação desses peixes em pesqueiros particulares, portanto, não é difícil encontrar essa espécie em represas espalhadas pelo Brasil.

Salienta-se uma curiosidade sobre a espécie, enquanto as fêmeas podem chegar até 21 anos de idade, os machos vivem apenas onze.

Nome Científico do Jundiá

Da família Pimelodidae, possui o nome cientifico de Leiarius marmoratus. 

Do que o Jundiá se alimenta?

É um onívoro, ou seja, se alimenta tanto de matéria vegetal como animal. Fazem parte da sua dieta: insetos, crustáceos, restos vegetais, pequenos peixes e até detritos orgânicos.

Ressalta-se que com um cardápio tão vasto, não é difícil achar um alimento disponível ao pescador e desejado pelo jundiá.

Comportamento do Jundiá

Apresenta comportamento territorial e agressivo em relação a peixes semelhantes. Mas, passa a maior parte do tempo no fundo do rio entre pedras ou troncos, de modo camuflado. O que o livra de outros predadores e o faz encontrar alimento com mais facilidade.

Manifesta duas épocas reprodutivas ao ano, sem cuidado parental. Durante o período reprodutivo (verão e primavera) o jundiá procura locais com água limpa, calma e de fundo pedregoso para a desova.

Onde vive o Jundiá?

O jundiá costuma ficar no fundo dos rios de água doce, principalmente da parte norte do Brasil, preferindo fundos arenosos com locais para esconderijo e remansos próximos a boca do canal, local onde os alimentos param com facilidade após serem trazidos pela correnteza.

Características do Jundiá

Possui cores entre marrom e bege acinzentado, e não tem escamas, é um peixe de couro. Além da coloração majoritária, possui manchas irregulares pelo corpo, sendo conhecido por alguns como peixe onça, pela similaridade com as manchas do felino.

Possui a barriga e cabeça achatadas, além disso, também conta com grandes barbilhões sensitivos. Essas características o ajudam no seu ambiente natural no fundo do rio ou oculto entre pedras e troncos.

Outra característica marcante é a presença de ferrões nas nadadeiras laterais e no dorso superior.  Estes, contem uma mucosa venenosa e são serrilhados, de forma que, ao entrar na pele, não saem com facilidade. Não é letal, mas causa dores desagradáveis.

Além das características externas, possui grande valor na carne, pois esta não tem muitos espinhos, é firme e saborosa.

Melhor Época para Pescar Jundiá?

Por ser um peixe que prefere águas mais mornas, o período do verão costuma deixar a espécie mais ativa. A depender da região, opte pelos meses de outubro, novembro e dezembro.

Qual o melhor horário para pescar Jundiá?

Este peixe fica mais ativo durante a noite e começo da manhã, portanto, esta é a melhor opção de horário para tentar capturá-lo. Mas, não é necessário restringir totalmente a pescaria ao período da noite, pois o peixe tem o costume de se alimentar durante todo o dia.

Além do horário noturno, muitos pescadores dizem ter mais sucesso na pescaria do jundiá em dias chuvosos, quando há menos claridade.

Quais as melhores iscas naturais para pescar a Jundiá?

Por comer de quase tudo, o jundiá dá uma grande margem a disponibilidade de isca do pescador. Listamos algumas opções que agradarão o paladar do peixe:

  1. Minhoca;
  2. Minhocuçu;
  3. Língua de boi;
  4. Peixes pequenos;
  5. Fígado de boi ou frango;
  6. Tripas de galinha;
  7. Lagostin.

Vale ressaltar a quase unanimidade na escolha da minhoca e minhocuçu para pescar o jundiá, então, se tiver disponibilidade, escolha um dos dois.

Qual a melhor profundidade para pescar Jundiá?

Como dito antes, o jundiá possui barbilhões sensitivos que o ajudam na locomoção, portanto não necessitam tanto da visão como outros peixes. Isso é o que propicia a pesca noturna, e dá liberdade para que essa espécie habite o fundo de águas escuras e barrentas.

Portanto, a melhor profundidade para capturar este peixe é o fundo do rio.

Como a pesca será feita no fundo do rio, em pesca de arremesso, utilize chumbo de 10 a 15 gramas, com formato de oliva, arroz ou ervilha. Coloque-o de modo solto, isso contribui para que o jundiá não se assuste com o peso da chumbada antes de colocar toda a isca na boca.

Qual o melhor equipamento de pesca para pescar Jundiá?

Por preferir habitar o fundo e se esconder entre a vegetação da borda, o jundiá da liberdade tanto para pesca de arremesso, quanto para pesca estática de barranco, veja a característica dos equipamentos para ambas as pescas:

Pesca de barranco:

  • Tenha consigo varas de media resistência, de pelo menos 1,8 metros;
  • Utilize linha monofilamento superior 0,25 mm;
  • Os anzóis de número 4 costumam ser o ideal;
  • Chumbo de pelos menos 2 gramas;
  •  Boias são opcionais, mas, caso opte por utiliza-las, confira a fundura do local onde vai pescar e amarre-a de forma que a isca fique no fundo.

Pesca de arremesso:

  • Varas de ação media, entre 6  e 12 libras, com tamanho entre 1,5 e 1,8 m;
  • Molinete com tamanhos entre 500 e 2000;
  • Assim como na pescaria de barranco os anzóis de número 4 costumam funcionar;
  • Linha monofilamento superior a 0,25 mm;
  • Chumbo de 10 a 15 gramas.

Ressalta-se também a importância de cuidado no manuseio do peixe, visto que o mesmo possui os ferrões, portanto adicione luvas aos seus equipamentos.

Qual o melhor anzol para pescar Jundiá?

O anzol mais indicado para pesca do jundiá é o maruseigo. Este, possui uma haste longa e uma curva levemente angulada, e costuma ser bastante resistente à fisgada do peixe. Opte pelo número 4, mas avalie os espécimes da sua região, se necessário diminua ou aumente.

Quais as melhores iscas artificiais para pescar Jundiá?

Mesmo sendo um peixe que habitualmente fica no fundo, algumas vezes o jundiá é pego com iscas artificiais. Separamos algumas iscas artificiais que podem trazer sucesso na captura desse peixe:

  1. CHATTERBAIT DECONTO
  2. CHATTERBAIT Z-MAN
  3. ISCA ARTIFICIAL X-BUG MONSTER 3X ISCA SOFT 2UND

Como pescar Jundiá no inverno?

No inverno, assim como acontece com outros peixes, o jundiá fica mais seletivo quanto aos alimentos, portanto, leve mais tipos de iscas e faça testes.

Também diminua o tamanho dos equipamentos, linha mais fina e anzol menor. Ações com a finalidade de deixar o peixe o mais confortável possível para escolher a isca ao invés de outros alimentos.

Como fazer ceva para Jundiá?

Como é um peixe que come de tudo, os alimentos usados na ceva do jundiá são variados. Separamos uma opção de como fazer a ceva para essa espécie, veja:

Ingrediente:

  • Mandioca em pedaços;
  • Farelo de milho;
  • Sangue ou fígado de boi;

Modo de preparo:

  • Misture a mandioca junto ao farelo de milho e deixe curtir por 8 dias, o alimento azedo chama mais a atenção do peixe;
  • Adicione o sangue ou fígado de boi à mistura de mandioca e milho;
  • Coloque na água.

Qual é o tamanho de um Jundiá?

O jundiá chega a medir até 50 centímetros e pesar até 2 quilos, porem, é mais comum encontra-lo na faixa dos 20 cm e 350 a 600 gramas de peso.

Considerações Finais

O jundiá é um peixe altamente versátil, possibilita fácil manejo entre criadores e pescadores. Tendo resistência a diferentes regiões e aguas do país, e fornecendo uma emoção considerável ao pescador que se aventura a busca-lo.

Como se não bastasse às características citadas acima, também possui uma carne muito valorizada na culinária, já que tem poucos espinhos e sabor marcante.

Um peixe com tantas qualidades quanto o jacundiá precisa estar presente no currículo de todo pescador, portanto, arrume sua “tralha” conforme descrito no artigo e se aventure na busca desse espécime tão famoso.